O psiquiatra no tratamento da obesidade é mais um profissional capaz de ajudar a ter uma vida mais saudável, física e mentalmente.
A obesidade, por ser uma doença de origem multifatorial, é uma condição que merece atenção de diversas áreas de estudo, inclusive da psiquiatria. Os problemas emocionais são geralmente percebidos como consequências da obesidade, embora conflitos e problemas psicológicos possam preceder o desenvolvimento dessa condição. Ansiedade, transtornos de humor como a depressão, transtornos alimentares e de uso de substâncias são problemas que frequentemente essas pessoas precisam enfrentar e devem receber tratamento adequado junto com o tratamento da obesidade.
Quando se trata obesidade, nem sempre o tratamento farmacológico é a primeira opção terapêutica; este deve, antes, compor o tratamento que deve ser pautado numa abordagem multidisciplinar. Dietoterapia associada à psicoterapia, por serem modalidades não invasivas, devem ser priorizadas. Porém em casos em que não se obtém resposta ao tratamento inicial, pode ser necessário uso de medicações. No entanto, quando transtornos psiquiátricos estão presentes contribuindo para o ganho de peso, será importante a participação de um psiquiatra para avaliação e manejo dos quadros, tanto para estabilizar os problemas de ordem de saúde mental, mas também porque algumas medicações que são utilizadas com o objetivo de emagrecer podem ter potenciais efeitos colaterais podendo gerar abuso e dependência, além da possibilidade de gerar sintomas (irritabilidade, inquietação, insônia), desencadear ou agravar síndromes psiquiátricas, como surtos psicóticos, síndromes depressivas ou de mania.
O psiquiatra no tratamento da obesidade é mais um profissional capaz de ajudar a ter uma vida mais saudável, física e mentalmente.
Dra. Caroline Amaral
Médica psiquiatra do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e do
CAPS adulto Paraisópolis
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